sábado, 23 de abril de 2016

SUMA DA CARTA PASTORAL E TEOLÓGICA SOBRE LITURGIA NA IPB: IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL



O Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, em sua Reunião Extraordinária de novembro de 2010, decidiu aprovar a CARTA PASTORAL E TEOLÓGICA SOBRE LITURGIA NA IPB, elaborada por uma comissão especial que desde o ano de 2008, recebeu a missão da Comissão Executiva da IPB, para elaborar um texto de caráter pastoral e teológico quanto à liturgia, observando inclusive: danças, coreografias, expressões fortes e palmas, seguindo os princípios já estabelecidos pelos Símbolos de Fé e das decisões do Supremo Concílio e da sua Comissão Executiva. No Índice da Carta Pastoral e Teológica, distribuída para as Igrejas da IPB no 1º. Semestre de 2011, temos:

1. Considerações Preliminares (Tipos de culto, Vida Cristã e Culto Público, O templo, A Igreja como Comunidade Social, Culto e Cultura).

2. O Culto Público (O Princípio regulador do culto, Elementos de culto, As circunstâncias do culto, Mudanças históricas nos cultos, Princípios do culto aceitável a Deus, A responsabilidade pela condução do culto).

3. Expressões Corporais no Culto (Danças litúrgicas e coreografias, Fortes expressões corporais, Palmas, Aplausos).

4. Orientações Pastorais a serem seguidas pelas Igrejas.

Abaixo um Resumo dos Pontos tratados:

1. Considerações Preliminares
a) Tipos de Culto: culto individual (Mt 6.6), culto familiar (Jó 1:5) e o culto publico solene (Is 56.7; Hb 10:25).
b) Vida Cristã e Culto Público: A vida cristã é um culto constante a Deus, que é oferecido individualmente, em qualquer tempo e lugar. O Culto público é o ajuntamento solene do povo de Deus.

c) O Templo: O culto público a Deus pode ser prestado em qualquer local pelo seu povo (Jó 4:21; Ml 1:11), não havendo para
isto local mais sagrado que outros.

d) A Igreja Como Comunidade Social: As igrejas locais não são apenas uma expressão visível da Igreja de Cristo. Elas também são comunidades que se organizam socialmente. É admissível que atividades de cunho sociocultural façam parte da vida das igrejas locais como acampamentos, retiros, eventos de lazer e culturais, etc.

e) Culto e Cultura: A Palavra de Deus, e ela somente, é a única regra de fé e prática do seu povo, e é nela que devemos buscar os princípios e elementos que compõem o culto que Deus busca e não no conjunto de crenças, valores, costumes, práticas, tradições, religiões e símbolos de determinados grupos étnicos (cultura) afetados pelo pecado.

2. O Culto Público
a) O Princípio Regulador do Culto: O Culto que é aceitável a Deus é aquele oferecido de acordo com a sua vontade revelada nas Escrituras (Dt 12:32; Mt 4:9,10; Jo 4:23,24). Ver ainda Confissão de Fé XXI. I.

b) Elementos de Culto: Atividades determinadas pelas Escrituras, como: orações, leitura da Palavra de Deus, pregação da Palavra de Deus, cantar salmos, hinos e cânticos espirituais ou sagrados, celebração da ceia, ministração do batismo, juramentos religiosos, votos, jejuns solenes e ações de graças em ocasiões especiais e ofertas.

c) As Circunstâncias do Culto: Algumas destas circunstâncias estão relacionadas com o ambiente de culto (arrumação do salão, mobiliário adequado, iluminação e decoração do ambiente, som, horário de culto, etc.) e outras estão relacionadas com o culto propriamente dito (como o acompanhamento do cântico congregacional com instrumentos musicais e cântico através de coros e grupos). O bom andamento do culto público (1Co 11:13-14,33-34) são responsabilidade dos pastores e conselhos das igrejas locais, que devem observá-los segundo as regras gerais da Palavra de Deus.

d) Mudanças Históricas nos Cultos: Ao longo da história das igrejas reformadas determinadas mudanças (relacionadas às circunstâncias do culto, como a inclusão de instrumentos musicais: piano,violão, guitarra, bateria) foram aceitas no culto público sem contudo, acrescentar ou diminuir os elementos do culto público. Mas isto, não justifica a inclusão de novos elementos hoje, seja a título de modernidade, adaptação, contextualização e renovação.

e) Princípios do Culto Aceitável a Deus: É preciso ressaltar que o culto aceitável a Deus além da observância dos princípios e normas quanto aos seus elementos, inclui determinadas atitudes e características preceituadas nas Escrituras e que não devem ser negligenciadas, como: adorar em espírito e verdade, com sinceridade de coração, humildade, espírito quebrantado, uma santa alegria e gozo na presença do Senhor, a busca da edificação e o reconhecimento que o Deus Trino é o centro do culto.

f) A Responsabilidade Pela Condução do Culto: Embora todos os adoradores sejam responsáveis para que o culto a Deus seja oferecido de acordo com seus preceitos, a responsabilidade da condução do mesmo recai sobre o pastor da igreja local, de quem a liturgia do culto é função privativa, conforme a Constituição da nossa Igreja. Assim, devem os pastores zelar para que o culto a Deus seja bíblico.
3. Expressões Corporais no Culto
a) Danças Litúrgicas e Coreografias: No que tange às danças litúrgicas, não é possível demonstrar pelas Escrituras que elas faziam parte do culto público a Deus, quer no período do Antigo Testamento ou do Novo Testamento e nem que elas são elementos do culto por Ele ordenado. As passagens bíblicas geralmente mencionadas para defendê-las – como a dança de Miriã e das demais mulheres, a dança de Davi diante da arca, a dança da filha de Jefté – poderiam, no máximo, provar que cristãos individuais podem eventualmente se alegrar com os atos salvadores de Deus e espontaneamente dançar de alegria fora do ambiente de culto. A exortação do Salmo 150, “Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder... louvai-o com adulfes e danças.” (vs 1 e 4) tem sido entendida pelos irmãos defensores das danças litúrgicas como prova de que as danças faziam parte do culto oferecido no santuário de Jerusalém. Todavia, um exame mais acurado da passagem revelará que o “santuário” referido pelo salmista é o firmamento, de acordo com o paralelismo hebraico usado aqui, e não o templo de Jerusalém: “Louvai a Deus no seu santuário; Louvai-o no firmamento, obra de seu poder. Percebe-se que o santuário mencionado na primeira linha do versículo é o firmamento, mencionado na segunda linha. O salmo simplesmente conclama toda a criação a adorar o Deus que habita nos céus. Portanto, tais passagens acima citadas não podem servir de base para justificar práticas como danças durante o louvor por parte da congregação e a existência de um grupo de dança litúrgica para realizar coreografias durante o culto e nem a “criação” do dom da dança santa e a organização de ministérios de dança litúrgicas nas igrejas locais. As danças litúrgicas e as coreografias não estão incluídas na relação dos elementos de culto citados nos nossos símbolos de fé. Também não se pode incluí-las nos cultos públicos a pretexto de serem meras circunstâncias. As danças não são circunstâncias ligadas à Palavra, pregada ou cantada, como se fossem uma encenação ou dramatização da mensagem de Deus, visto que não contribuem para que a Palavra seja mais bem compreendida pelo povo de Deus e têm a tendência, ao contrário, de obscurecer o seu significado e sua mensagem, desviando o foco e a atenção da comunidade. E, além disto, não encontramos nas Escrituras qualquer orientação para que transmitamos a mensagem de Deus ao seu povo mediante o ato de dançar, como se o mesmo fosse um meio eficaz para tal. 
b) Fortes Expressões Corporais: Determinados ritmos musicais tendem a provocar movimentos do corpo, tais como balanços, meneios e gingas, enquadrado-se naquilo que o Supremo Concílio classifica como expressões corporais acentuadas, as quais são inconvenientes por distanciarem os adoradores dos princípios que regem o culto bíblico. 
c) Palmas: A expressão “bater palmas” ocorre apenas no Antigo Testamento. Para os judeus, bater palmas podia expressar ira (Nm 24:10; Ez 21:17; 22:13) e desprezo (Jó 34:37; Lm 2:15; Na 3:19). No Antigo Oriente, as palmas eram usadas para manifestar aprovação pela queda dos inimigos (Jó 27:23; Ez 6:11; 25:6), pela prosperidade do justo (Is 55:12) e como aplauso em cerimônias de aclamação dos reis (2Rs 11:12). Nenhuma das ocorrências sobre palmas no Antigo Testamento se refere à marcação rítmica de cânticos religiosos, quer no templo ou em outro lugar. Este fato de imediato nos leva à conclusão que bater palmas durante os cânticos, ou deixar de fazê-lo, não torna tais cânticos mais ou menos aceitáveis diante de Deus. Também, que as palmas não devem ser usadas para aferir a espiritualidade e o fervor dos cultos de uma igreja e de seus participantes e que jamais devem ser vistas como expressão de espiritualidade. 
d) Aplausos: Há duas passagens nos Salmos onde se convida a aplaudir a Deus por seus atos majestosos e poderosos, como expressão de exultação, gratidão, honra e louvor (Sl 47:1; cf. Sl 98:4). No Antigo Oriente, era costume aplaudir os reis como forma de demonstração da sujeição, gratidão e respeito de seus súditos, em reconhecimento de suas vitórias e conquistas, ou durante a sua coroação (2Rs 11:12). A linguagem destes salmos é tirada da cerimônia de coroação dos reis de Israel e usada para se referir a Deus como o supremo Rei sobre toda a terra. Estas passagens não provam que aplaudir a Deus era uma das partes do culto público a ele prestado em Israel. Além disto, não há qualquer referência a isto no Novo Testamento. Desta forma, carece de fundamentação a prática de “palmas para Jesus!” equivocadamente introduzida em muitas igrejas evangélicas hoje. O aplauso a homens durante o culto se constitui numa violação de um dos princípios centrais do culto a Deus, que é a sua teocentricidade. “Não a nós, Senhor, não a nós, Senhor, mas ao teu nome dá glória” (Sl 115:1). Aplaudir corais, coros e grupos após terem participado da liturgia torna tais participações em espetáculo, show e apresentações, tornando estas circunstâncias em fins em si mesmas, desvirtuando o seu caráter secundário e tornando o culto a Deus em culto centrado no homem.

4. Orientações Pastorais a serem seguidas pelas Igrejas. O Supremo Concílio, diante das evidências bíblicas e confessionais relativas à importância do culto público, determina aos seus pastores, oficiais, igrejas e membros a que: 
a) procurem congregar-se com frequência para prestar serviço espiritual a Deus, não substituindo o culto público pelo culto individual ou familiar, 
b) não incluam no culto a Deus, independentemente do local onde este culto está sendo oferecido, as chamadas danças litúrgicas, coreografias, ministérios de danças, danças proféticas ou quaisquer outras variações afins, 
c) evitar expressões corporais no culto, como meneios do corpo e gingas, mesmo não se constituindo em danças, tendem a distrair a atenção dos adoradores e em alguns casos, a provocar a sensualidade, 

d) aos pastores instruírem a igreja que as palmas não indicam maior liberdade espiritual no culto, resumindo-se a mero acompanhamento rítmico, onde couber, 

e) e que em todas as coisas, usem de sabedoria, bom senso e prudência para evitar conflitos, divisões e contendas no meio do povo de Deus. E para que nossa denominação goze de paz e harmonia em todos os recantos desta nação.

Um comentário:

illyajacks disse...

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