quinta-feira, 31 de julho de 2008

~ NOTAS SOBRE O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO ~

“A MAIOR FONTE DE ENRIQUECIMENTO DOS IDIOMAS EM TODOS OS TEMPOS É A INCORPORAÇÃO DE VOCÁBULOS VINDOS DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS E DE REVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS[1]

O acordo ortográfico que leva a sua assinatura desde 1990 (esse acordo foi estabilizado neste ano pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), possuindo sete membros – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe (o Timor Leste também fez a sua adesão)t voltou a se mostrar novamente visando unificar a escrita do português nos paises que o adotam como língua oficial. O Ministério da Educação e Cultura chegou a anunciar a vigoração da Lei (reforma no Brasil) já para 2008, no entanto, esta data foi desprezada. Por mais desprezível que pareça, essa discussão não se acabará assim porque tem implicações profundas de ordem técnica (compare-se ex.: EUA – inglês) e comercial (compare-se ex.: Paises da América Latina, mais especificamente os de – língua espanhola), além de provocar ainda mais ansiedade nos milhões de brasileiros envolvidos em dúvidas na sua busca diária para se falar e se escrever bem. O acordo, sumariamente, diz como se deverão ser usados os hífens, e os acentos agudos e ainda outros desses minúsculos sinais gráficos que fazem com que muitas reputações fiquem em desequilíbrio[2].

Como cita o lingüista britânico David Crystal (66 anos) (Professor honorário de lingüística da Universidade do Pais de Gales, em Bangor, sendo uma das maiores autoridades mundiais em linguagem. É Autor da Obra: A Revolução da Linguagem (Jorge Zahar)): “a globalização e a revolução tecnológica da internet estão dando origem a um novo “mundo lingüístico””; por causa disso é que se cresce e se crescerá ainda mais a consciência de que as línguas bem faladas, protegidas pela norma culta, são ferramentas de cultura e também arma da política, além de ser riquezas econômicas.

“O português cresceu muito enquanto seus “navegadores” exploravam os “mares nunca dantes navegados” cantados por Luiz de Camões. “Calcula-se que o português medieval tinha perto de 15 000 vocábulos. Em meados do século XVI, com a expansão marítima o total chegaria a 30 000, 40 000”Mauro Villar, filólogo, do Dicionário Houaiss.

  • O Houaiss tem perto de 230 000 verbetes.
  • O Oxford English Dictionary o famoso “OED”, registra 615 000.
  • Só as palavras necessárias à pratica da medicina estariam na casa de 600 000 palavras.
  • Os dois são recortes muito limitados de um universo vocabular em constante expansão.

VALORES QUASE QUE ABSOLUTOS PARA A ECONOMIA

“Os valores de uma língua se relaciona com a sua capacidade de incentivar os intercâmbios econômicos” – José Luiz Garcia Delgado, economista.

· O Espanhol tem: cerca de 450 milhões estando praticamente no mesmo nível do Inglês.

· O Português fica em torno de 250 milhões.

· Mas quem domina a Internet é o Inglês: (Fonte: World Stats – Site que concentra números mundiais sobre a rede)

· 30 % dos usuários da rede falam inglês;

· 9 % dos usuários da rede falam português;

· CONTUDO, O INGLÊS É FORTE COMO SEGUNDA LÍNGUA.

CITAÇÕES DE ESPECIALISTAS

“minha pátria, minha língua”

“Creio que a unificação do português tem um sentido político positivo. Aumenta o conceito da língua como nação. A Adaptação talvez seja difícil. Mas a língua é um organismo vivo e vai seguir em frente. No meu trabalho de compositor, a ortografia repercute pouco. Nas letras de rock, a gente trabalha com a informalidade, com a fala da rua” – Tony Bellotto, músico da banda Titãs, autor de Bellini e a Esfinge e apresentador do programa Afinando a Língua.

“meia sola ortográfica”

“Sou contra o acordo. Sei que isso é um tiro no próprio pé, pois, se o acordo passar, vou ser chamado para fazer muitas palestras. Mas não quero esse dinheiro, não. Com outro espírito, outra proposta, uma unificação talvez fosse possível. Mas esta é uma reforma meia-sola, que não unifica a escrita de fato e mexe mal em pontos como o acento diferencial. Vamos enterrar dinheiro em uma mudança que não trará efeitos positivos” – Pasquale Cipro Neto, professor de português.

“PREGUIÇA CÉTICA”

“Encaro com grande ceticismo esse acordo ortográfico. É uma reforma tímida, que não traz grandes inovações. Mas não gostei. Queria que meus tremas ficassem onde estão. Os escritores mais velhos e mais preguiçosos têm de confiar no pessoal da editoração para fazer as mudanças necessárias no texto” – João Ubaldo Ribeiro, escritor, autor de Sargento Getúlio e Viva o Povo Brasileiro.

“SIMPLES E CIVILIZADA”

“A unificação já devia ter ocorrido antes. É uma medida civilizada. A diferença na escrita dos países que falam português atrapalha o intercâmbio econômico e editorial. Como toda reforma, essa proposta tem suas falhas. Mas acho ótimo, por exemplo, o fim do trema. Sou a favor de tudo que vai no sentido da simplificação” – Lya Luft, escritora, autora de Perdas & Ganhos e colunista da Revista VEJA.

“MUDANÇA TÍMIDA” – O ÚNICO QUE CONSIDERA A UNIFICAÇÃO IMPORTANTE DO PONTO DE VISTA DA POLÍTICA DA LÍNGUA FAZENDO RESTRIÇÕES AO CONTEÚDO DA REFORMA QUE TERIA PERDIDO A OPORTUNIDADE DE RACIONALIZAR ALGUMAS REGRAS

“Do ponto de vista político, a unificação ortográfica é importante. Implica numa maior difusão da língua portuguesa nos seus textos escritos. Mas a reforma poderia ter avançado mais e de forma mais inteligente na racionalização dos acentos e do hífen. As regras ainda são pouco acessíveis para o homem comum” – Evanildo Bechara, gramático, membro da Academia Brasileira de Letras.

Evanildo Bechara cita algumas palavras que continuaram sendo grafadas de duas maneiras, conforme a pronúncia ou as idiossincrasias[3] de cada país:

  • Cómodo (Potugal) e
  • Cômodo (Brasil)
  • Berinjela (Brasil) e Beringela (Portugal).
Conclusões

As diferenças culturais infelizmente não se resolvem apenas com algumas correções de canetas. Mesmo com a unificação um humilde carpinteiro brasileiro, por exemplo, com um manual em língua portuguesa na mão talvez fique admirado com a palavra “berbequim” que quer dizer “furadeira”. De outro lado a grafia lusitana cheia de letras mudas – tecto, facto, acto – Não impediu o português José Saramago de ser Primeiro Lugar em Vendas de Livros.

Como a natureza, a arte e a inteligência sempre encontram uma maneira de se manifestar. Com a ajuda de uma norma culta e amplamente aceita, esse trabalho fica mais fácil.

O que Muda com a Entrada em Vigor do Acordo Ortográfico que Pretende Unificar a Escrita da Língua Portuguesa no Mundo

MUDANÇAS NA ESCRITURA BRASILEIRA

ü – O trema deixa de existir. Não existirá mais acento sobre o u de palavras como: tranquilidade, linguiça, quiproquó e etc.

óOs ditongos ei e oi em sílabas tônicas de palavra paroxítona deixam de ser acentuadas. Fica sendo o canso então de: heroico, paranoico, ideia, assembleia, etc.

ê – O circunflexo que assinalava as vogais tônicas fechadas cai em certas formas verbais paroxítonas nas quais existem duas letras e: creem, leem, veem, etc.

ôTambém desaparecerá o sinal circunflexo de paroxítonas com oo no final, como: voo e enjoo.

ú – As paroxítonas com u e i tônicos precedidos de ditongo deixam de ser acentuadas. Serão os casos de: feiura, boiuno, cheiissimo, e etc.

Vários acentos diferenciais deixaram de existir. A maioria já não tinha muito sentido, como o acento na palavra: polo (pôlo), para diferenciá-lo como substantivo da contração antiga = por + lo. O mais importante acontece na palavra para – a preposição e a flexão do verbo parar passando a ser grafadas da mesma forma, sem acento.

MUDANÇAS NA ESCRITA PORTUGUESA E AFRICANA

Deixaram de existir o h inicial de palavras como: erva e úmido.

Desaparecerão definitivamente as consoantes mudas c e p. Assim: tecto, acção, eléctrico, baptismo, óptimo, passando a ser grafadas à moda brasileira: teto, ação, elétrico, batismo, ótimo, etc.

HÍFEN

Deixa de ser usado nos casos em que a raiz da palavra começa em r ou s. A letra, no caso, será duplicada, como nos casos de: extrarregular e antissemitismo – a não ser que os prefixos terminem em r, como nas palavras: hiper-radical, inter-regional e super-rato.

O QUE NÃO SERÁ UNIFICADO


Certas palavras em que a vogal tônica pode ser “aberta” ou “fechada”, dependendo do país, continuam a levar acento circunflexo no Brasil em agudo em Portugal:


BRASIL

Antônio

Tônica

Cômodo

PORTUGAL

António

Tónica

Cómodo


Hífen

Emprega-se o hífen (ou traço-de-união) nos seguintes casos:

a) nos compostos em que os elementos mantêm sua acentuação própria, mas perdem os significados individuais, sugerindo uma nova unidade semântica para o conjunto lingüístico: água-marinha, arco-íris, couve-flor, pé-de-moleque, peixe-boi, sempre-viva etc.;

b) nas formas verbais com pronomes enclíticos e mesoclíticos[4]: amá-lo, dizer-lhe, fa-lo-á, oferecê-los-ei etc.;

c) com os pronomes oblíquos (lo, la, los, las) enclíticos[5], combinados com os pronomes nos e vos e com a forma eis: no-lo, no-la, no-los, no-las, vo-lo, vo-la, vo-los, vo-las, ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las;

d) nos adjetivos compostos, mesmo que haja redução do primeiro elemento: à-toa, anglo-americano, austro-húngaro, histórico-geográfico, latino-americano, luso-brasileiro, sino-japonês, póstero-superior etc.;

e) nos vocábulos formados por sufixos que representam formas adjetivas, como -açu, -guaçu e -mirim, quando o primeiro elemento termina em vogal acentuada graficamente ou quando o requer a pronúncia: andá-açu, capim-açu, maracujá-açu, amoré-guaçu, sabiá-guaçu, anajá-mirim, paraná-mirim etc.;

f) nos vocábulos formados pelos prefixos auto-, contra-, extra-, infra-, intra-, neo-, proto-, pseudo-, semi- e ultra-, quando seguidos de palavras que começam com vogal, h, r ou s: auto-escola, auto-hemoterapia etc.; contra-ataque, contra-harmônico, contra-regra, contra-senso etc.; extra-oficial, extra-humano, extra-regularmente, extra-sensível etc.; infra-estrutura, infra-hepático, infra-renal, infra-som etc.; intra-uterino, intra-hepático, intra-raquidiano, intra-sinovial etc.; neo-escolástica, neo-hegelianista, neo-realis-ta, neo-socialista etc; proto-árico, proto-história, proto-satélite, proto-sulfureto etc.; pseudo-apóstolo, pseudo-herança, pseudo-revelação, pseudo-sábio etc.; semi-analfabeto, semi-histórico, semi-racional, semi-selvagem etc.; supra-excitação, supra-hepático, supra-renal, supra-sumo etc.; ultra-oceânico, ultra-humano, ultra-revolucionário, ultra-som etc.;

EXCEÇÃO

A única exceção a esta regra ocorre com a palavra extraordinário, já consagrada pelo uso sem o hífen.

g) nos vocábulos formados pelos prefixos ante-, anti-, arqui- e sobre-, quando seguidos de palavras iniciadas por h, r ou s: ante-histórico, ante-rosto, ante-sola etc.; anti-higiênico, anti-rábico, anti-social etc.; arqui-hiperbólico, arqui-romântico, arqui-seguro etc.; sobre-humano, sobre-ronda, sobre-saia etc.;

h) nos vocábulos formados pelo prefixo super- seguido de palavras iniciadas com h ou r: super-hidratação, super-homem, super-requintado, super-resfriado etc.;

i) nos vocábulos formados pelos prefixos ab-, ad-, ob-, sob- e sub-, quando seguidos de palavras iniciadas com r: ab-reação, ad-rogar, ob-reptício, sob-roda, sub-regional etc.;

j) nos vocábulos formados pelos prefixos mal- e pan-, quando seguidos de palavras iniciadas com vogal ou h: mal-educado, mal-humorado, pan-americano, pan-helenista etc.;

k) nos vocábulos formados pelo prefixo bem, antes de palavras que têm vida autônoma ou quando a pronúncia o requer: bem-estar, bem-humorado, bem-intencionado, bem-sucedido, bem-vindo etc.;

l) nos vocábulos formados pelos prefixos além-, co-, ex-, grão-, recém-, sem- e vice-: além-mar, além-túmulo; co-autor, co-proprietário; ex-namorado, ex-presidente; grã-fino, grão-lama; recém-casado, recém-nascido; sem-ce-rimônia, sem-vergonha; vice-presidente, vice-reitor etc.;

m) nos vocábulos formados pelos prefixos pós-, pré- e pró- que possuam acento próprio em razão da evidência dos seus significados e da sua pronúncia: pós-moderno, pós-graduação; pré-escola, pré-nupcial; pró-americano, pró-ocialista etc.

TREMA

[Do gr. trema = 'orifício (ponto)'.]

Sinal diacrítico ( ¨ ) que, sobreposto a uma vogal, serve para indicar que ela não forma ditongo com a que lhe está próxima; ápices, diérese.

Na ortografia em vigor, o trema é us. apenas sobre o u, quando este, sendo sonoro, vem depois de g ou q e precede e ou i, como, p. ex., em freqüentar, ungüento, tranqüilo, argüir.

ACENTO DIFERENCIAL

O acento (agudo ou circunflexo) que se usa sobre as vogais a, e e o em alguns vocábulos tônicos para distingui-los de homônimos átonos: pára (verbo), em contraposição a para (preposição); pêlo (substantivo) e pélo (verbo), em contraposição a pelo (combinação de preposição e artigo); pôr (verbo), em contraposição a por (preposição), etc.; o acento (circunflexo) que se usa sobre o o fechado dos vocábulos tônicos, como, p. ex., em pôde (3ª pess. sing. pret. perf. ind. do v. poder), para distingui-lo de pode (3ª pess. sing. pres. ind. desse mesmo verbo), e fôrma (pl. fôrmas), para distingui-lo de forma (pl. formas).

Alfabeto

O alfabeto da língua portuguesa é composto de 23 letras: cinco vogais (a, e, i, o, u) e dezoito consoantes (b, c, d, f, g, h, j, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z).

A letra H não é propriamente uma consoante, porém um símbolo ortográfico que, por razões históricas, se mantém no princípio de algumas palavras (haver, hélice, hipopótamo) e no início ou final de certas interjeições (ah!, hã, hem?, oh!, puh!).

No interior da palavra, o H é empregado em dois casos:

a) quando faz parte dos dígrafos ch, lh, nh: chaveiro, malha, manhã;

b) com palavras compostas: anti-herói, anti-higiênico, anti-horário, pré-helênico, pré-histórico, pré-humano.

ACENTO CIRCUNFLEXO

O acento circunflexo, empregado para indicar o timbre fechado das vogais tônicas e e o, assim como do a seguido de m e n: três, vêm, pôs, abdômen (q. v.), câmbio, cântico.

3. Tom de voz; inflexão, timbre: "Por volta de onze horas, um acento desconhecido na voz, Teixeira gritou por Inocência." (Orígenes Lessa, Rua do Sol, p. 244.)

4. P. ext. Destaque, realce, relevo: "É uma das características inglesas realizar as maiores modificações na estrutura social ou política do país sem colocar jamais o acento da inovação sobre as suas resoluções." (Lindolfo Collor, Europa 1939, p. 143.)

5. Consonância, harmonia: Embalava o filho com os ternos acentos do seu canto.

6. Fot. Acentuação (3).

7. Sotaque (2): "Era do Porto, do Poorto, como ela dizia, porque nunca perdera o seu acento minhoto" (Eça de Queirós, O Primo Basílio, p. 162).

ACENTO AGUDO

o acento agudo, empregado para assinalar as vogais tônicas a, i e u: página, aí, baú , e as vogais tônicas abertas e e o: pajé, etéreo, ósculo, herói;

GRAFIA

De graf(o)- + -ia1; fr. graphie.

1. Ortografia (3).

2. E. Ling. Sistema de escrita para a representação de uma língua; escrita.

é -grafia

[Do gr. -graphía <>

É a 'ação de escrever'; 'maneira de escrever ou de representar'; 'escrita'; 'descrição, tratado ou estudo'; 'reprodução gráfica', 'registro': caligrafia (< style="">

Fonte: Parte deste Estudo foi extraído do Artigo da Revista Veja de 12 de setembro de 2007: “Riqueza da Língua”, pp. 88-96, conjuntamente com Gramáticas e Dicionários da Língua Portuguesa.



[1] A despeito dos puristas da Língua.

[2] Os prazos de implantação das novas regras estabelecidas em 1990 nunca foram cumpridos, e a ratificação foi adiada sempre; mas, um novo acerto firmado em uma Conferência de Chefes de estado da CPLP em 2004 determinou que bastaria a confirmação de três membros para que o acordo vigorasse, o que aconteceu no fim do ano passado. Infelizmente o problema é que apenas os três paises que confirmaram: Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe – deram mostras de querer levar a reforma adiante. Naturalmente, é claro que nenhuma unificação ortográfica merece ser chamada dessa maneira se a “mãe” da língua, Portugal, não a seguir. Autoridades Portuguesas têm falado em esticar os prazos de adaptação às novas regras em até dez anos.

[3] Maneira de ver, sentir, reagir peculiar a cada pessoa. (É uma disposição do temperamento, da sensibilidade que faz com que um indivíduo sinta, de modo especial e muito seu, a influência de diversos agentes.)

[4]Vem de Mesóclise que é a colocação de pronomes pessoais átonos, presos por hífens, entre o infinitivo e as desinências, no futuro do presente e no futuro do pretérito: ajoelhar-me-ei, informá-lo-ia, dar-vo-la-íamos, falar-te-á. (Sin.: tmese.)

[5] Vem de ênclise que é o fenômeno fonético que consiste na incorporação de um vocábulo átono ao que o precede, pronunciando-se ambos como se fossem um só. É o que acontece sobretudo com os pronomes pessoais átonos como, p. ex., em fazê-lo, disse-lhe. (Opõe-se à próclise.)

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