segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

REUNIÃO PÚBLICA DOMINICAL - EM 7.12.2014. EXPOSIÇÃO INTEGRAL - 1TM 3.8-9: MODO BÍBLICO E QUALIDADES DO DIÁCONO CRISTÃO - PARTE 1



Versículo 8: “Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância”, Versículo 9: “conservando o mistério da fé com a consciência limpa”.

            O que foi dito anteriormente a respeito dos presbíteros, também vale para as condições que Paulo refere para os diáconos.
            Um diácono é alguém que serve, um servidor.
            Com essa palavra se expressa algo muito marcante. No Novo Testamento ela é usada de uma maneira muito ampla. Cristo chama a si mesmo de diácono (Lc 22.27). Paulo disse que Deus o colocou no ministério ( = diaconia), no ofício de diácono (1Tm 1.12).
          No mesmo contexto em que Paulo indica a função do apostolado como episcopè (Ofício de Presbítero que é um supervisor), ali mesmo se usa também a palavra diaconia ( = Ofício de Diácono) para poder expressá-lo (At 1.17 e 25) aos sete varões de At 6 (entre outros, Estevão e Felipe) em nenhuma parte eles são chamados de diáconos, mas, contrariamente, os apóstolos no versículo 4, dizem, que eles estariam se detendo no serviço ( = diaconia) da Palavra, ou dito com outras palavras: no Novo Testamento não encontramos nenhuma limitação clara para a tarefa dos diáconos.
            Da maneira como Paulo fala nestes versículos sobre os diáconos, pode ser concluído que aqui se trata  de um Ofício[1] a parte, junto ao dos Presbíteros. No entanto, em nenhum lugar conseguimos uma descrição da tarefa desde Ofício, e, consequentemente, sobre como ele é ocupado: andamos as escuras.
            No entanto, isto não é tão grave, pois nos dá, sobre o Ofício de diácono, uma liberdade maior de ação. Em qualquer caso, o que existe de central em sua tarefa é servir, ou seja:  ser para os demais. No entanto, muito menos isto não é algo especial, mas, pela mesma razão, cabe ser dito outro tanto a respeito dos presbíteros.
            Os irmãos que se candidatam para o Ofício de Diácono, devem também reunir determinados requisitos; dessa forma, devem ser honestos, o qual isso não significa que devem parecer solenes, mas que devem ser movidos pelo respeito.
            Não devem falar com duas línguas (dar dois significados ao que dizem): ou seja, não devem falar de uma maneira com uns, e de outra com outros; e nem falaram amigavelmente com um, ao que depois, nas suas costas, o venha criticar. Além de tudo isso, deverão se ater ao que dizem; e deverão chegar a poderem se contar com eles e serem dignos de confiança.
            Os diáconos muito menos devem ser pessoas que aguentem um copo de vinho atrás do outro; nem deverão “ver dinheiro” em todas as partes, e nem devem querer tirar proveito financeiro próprío deste Ofício, pois, as pessoas que sempre pensam: “O que vamos ganhar nisto ou naquilo?”; não poderão ser generosas e nem servir com autenticidade, e isto é exatamente do que se trata o ser um diácono. Além disso, elas devem ser pessoas capazes de guardar o mistério da fé com consciênia limpa. Com as palavras mistério da fé, Paulo não se refere a algo misterioso que apenas é conhecido pelos iniciados. Quando Paulo fala do mistério da fé ou da piedade, ele se refere ao Evangelho da graça do SENHOR Deus que, em tempos anteriores ainda estava oculto, encuberto (daí: mistério[2]); mas, que foi revelado em Cristo. Este mistério manifestado, que salva a todo aquele que crer em Cristo, é o que os diáconos devem guardar, e apenas poderão fazer isso se mantiverem limpa a sua consciência. É o que pode ser visto em 1Tm 1.19, pois, quem endurece a sua consciência, vê a sua fé morrer, e não pode guardar o mistério da fé.
                                                                                                       
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[1] O “Ofício” de Diácono, cf. Fp 1.1; (At 6.2-4)

Fp 1.1 - Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos,

At 6.2-4 - 2 Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. 3 Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;
 4 e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.


[2] O mistério do Novo Pacto, cf. 1Co 2.2-9; Cl 2.2-3.

1Co 2.2-9 - 2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
 3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós.
 4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
 5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.
 6 Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada;
 7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória;
 8 sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória;
 9 mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.

Cl 2.2-3 - 2 para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo,
 3 em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.


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