quinta-feira, 6 de novembro de 2014

CRISTO, O MESSIAS PROMETIDO[1]



Deus, depois do pecado de Adão e Eva no Paraíso, prometeu que um Libertador viria, quando disse para a serpente, na chamada “mãe das promessas”: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Enoque pregou esta boa notícia da vinda de um Salvador aos ímpios do seu tempo, lhes dizendo que o Senhor viria com os seus milhares de anjos, para castigar o ímpio, e salvar os que nEle esperam das mãos dos perseguidores (Jd 14-15). Abraão viu bem distante, pela fé na promessa de Deus, em sua própria descendência, o Pacificador, do qual Jacó falou em Gn 49.10 – porque Deus o tinha prometido que nele seriam benditas todas as gerações da terra – DEUS também disse a Moisés que enviaria um grande profeta (Dt 18.15).
No Salmo 22, Davi fala do sofrimento do Senhor: “Deus meu, Deus meu, por que tens me desamparado?” Isaias também profetizou sobre as suas dores: “Como cordeiro foi levado ao matadouro” (Is 53). Todos os profetas falam do grande reino glorioso do Messias: Sl 72; Is 11.25; etc.
Para o povo de Israel as ofertas e os serviços do sumo sacerdote eram como uma sombra do verdadeiro Sumo Sacerdote, como em um livro com figuras onde poderia se ver como o Messias se oferecia a si mesmo como o verdadeiro Cordeiro da Páscoa, que tira o pecado do mundo. Nenhum sábio teria podido inventar e nem chegaria a se atrever a fazer isso, ou seja, dizer que o mesmo Filho eterno de Deus viria e moraria entre nós na forma do Homem de Nazaré.
O mundo diviniza os gênios da arte ou da política, e deseja o sofrimento do Messias que morreu na cruz; considera além do mais que Deus está longe demais, para poder acreditar que o seu Filho se fez carne. Mas o Senhor cumpriu a sua promessa, e o Filho de Deus se fez homem e habitou entre nós (Jo 1.14).

18. Mas quem é esse Mediador que, ao mesmo tempo, é verdadeiro Deus (1) e verdadeiro (2) homem e homem justo (3)?
R. Nosso Senhor Jesus Cristo (4), que nos foi dado para completa salvação e justiça (5). 
(1) Jr 23:6; Mt 3:1; Rm 8:3; Gl 4:4; 1Jo 5:20. (2) Lc 1:42; Lc 2:6,7; Rm 1:3; Fp 2:7; Hb 2:14,17; Hb 4:15. (3) Is 53:9,11; Jr 23:5; Lc 1:35; Jo 8:46; Hb 4:15; Hb 7:26; 1Pe 1:19; 1Pe 2:22; 1Pe 3:18. (4) Mt 1:23; Lc 2:11; Jo 1:1,14; Jo 14:6; Rm 9:5; 1Tm 2:5; 1Tm 3:16; Hb 2:9. (5) 1Co 1:30; 2Co 5:21.

19. Como você sabe isto?
R. Pelo santo Evangelho, que o próprio Deus, de início, revelou no paraíso(1). Depois mandou anunciá-lo pelos santos patriarcas (2) e profetas (3) e, de antemão, o representou através dos sacrifícios e das outras cerimônias do Antigo Testamento. (4) Finalmente, o cumpriu por seu único Filho (5). 
(1) Gn 3:15. (2) Gn 12:3; Gn 22:18; Gn 26:4; Gn 49:10. (3) Is 42:1-4; Is 43:25; Is 49:6; Is 53; Jr 23:5,6; Jr 31:32,33; Mq 7:18-20; Jo 5:46; At 3:22-24; At 10:43; Rm 1:2; Hb 1:1. (4) Cl 2:17; Hb 10:1,7. (5) Rm 10:4; Gl 3:24; Gl 4:4,5; Cl 2:17.


[1] Fontes Básicas: La Confesión de La Iglesia (Felire, 1985), comentada por J. C. Janse, 125 páginas. Tradução e adaptação livre: Marcos Ramos e El Catecismo de Heidelberg: Enseñanza de la Doctrina Cristiana. Redactado por Zacarías Ursino y Gaspar Oleviano, y publicado em 1563, 4 ed, 1993. FeLiRe -FUNDAÇÃO EDITORIAL DE LITERATURA REFORMADA (STICHTING UITGAVE REFORMATORISCHE BOEKEN).

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