A “Lei”: com esta palavra indicamos
quase sempre os dez mandamentos; mais propriamente é toda a Palavra de Deus,
pela qual o Senhor fazia com que o seu povo ficasse sabendo como deveria
guardar o seu pacto. Deus fez um pacto com o seu povo, e o ensinou como tinha
que viver. Ele revelou a sua vontade para o bem da vida do seu povo. A este
povo também pertenciam às instruções e cerimônias das purificações (lavamentos)
e oferendas.
O Senhor não deu a Lei para que por
meio do cumprimento completo dela se pudesse ter a salvação, como foi ensinado
mais tarde pelos fariseus e como também ensina, por exemplo, a Igreja de Roma.
Não; Ele deu a Lei para que fossemos protegidos das armadilhas do diabo. Porque
é melhor para o homem servir a Deus do que aos ídolos; e também escutar aos
seus pais. Isto serve para que sejam protegidos contra o mal.
Quem conhece esta Lei em todo o seu
sentido, que é o amor a Deus e ao próximo, aprende a pensar humildemente sobre si mesmo. Logicamente que nós não podemos
cumpri-la com perfeição. Algum homem pode cumpri-la? É por isso que devemos esperar que tudo que precisamos para
exercitá-la venha da graça de Deus em Cristo. Porque a Palavra de Deus nos ensina que estamos por
natureza corrompidos, de maneira que, pelos nossos pecados, estamos condenados
diante de Deus. Paulo escreveu: “Por meio da lei se dá o conhecimento do
pecado” (Rm 3.20).
O Senhor pede como condição que o
amemos com todo o nosso coração e com todas as nossas forças, e ao nosso
próximo como a nós mesmos (Mt 22.37-40). O amor é o cumprimento da Lei (Rm
13.10).
E visto que nós não podemos de nenhuma
maneira guardar ou cumprir a Lei, é preciso que peçamos a ajuda de Cristo
quando estivermos com dúvida e diante da inclinação do nosso coração, que é a
de amar a si mesmo sobre todas as coisas. A nossa natureza pecaminosa é assim.
A natureza do homem está corrompida. Isto é fácil de ver entre os homens. Não
só nos “gentios”, mas também entre os cristãos, o nosso coração é mau. Também caíram
mais de uma vez, Noé, Abraão, Pedro e Paulo, pelo motivo de estarmos por
natureza inclinados a odiar a Deus e ao próximo.
3. Como você conhece sua miséria?
R.
Pela lei de Deus (1).
(1)
Rm 3:20.
4. O que a lei de Deus exige de nós?
R.
Isto Cristo nos ensina num resumo, em Mateus 22:37-40: "Amarás o Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento. "Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois
mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (1).
(1)
Lv 19:18; Dt 6:5; Mc 12:30,31; Lc 10:27.
5. Você pode observar esta lei perfeitamente?
R.
Não, não posso (1), porque por natureza sou inclinado a odiar a Deus e a meu
próximo (2). (1) Rm 3:10,20,23; 1Jo 1:8,10. (2) Gn 6:5; Gn 8:21; Jr 17:9; Rm
7:23; Rm 8:7; Ef 2:3; Tt 3:3.
[1] Fontes Básicas: La
Confesión de La Iglesia (Felire,
1985), comentada por J. C. Janse, 125 páginas. Tradução e adaptação livre: Marcos Ramos e El Catecismo de Heidelberg: Enseñanza de la Doctrina Cristiana.
Redactado por Zacarías Ursino y Gaspar Oleviano, y publicado em 1563, 4 ed,
1993. FeLiRe -FUNDAÇÃO EDITORIAL DE LITERATURA
REFORMADA (STICHTING UITGAVE REFORMATORISCHE BOEKEN).
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