Nas Escrituras são chamadas de igrejas
de Cristo as várias congregações que Paulo fundou em diferentes lugares (1Co
1.2: "a Igreja de Deus"; Rm 16.16: "os saúdam todas as igrejas
de Cristo"). São chamadas assim porque foram compradas com o sangue de
Cristo para serem de sua completa propriedade, da mesma maneira que Israel foi
o povo de Deus entre os outros povos.
Porque assim como um escravo, comprado
por um senhor malvado, passa a ser propriedade do seu dono, assim também acontece
com as congregações de Cristo com todos os seus membros.
A Escritura nos fala desta compra, pela
qual Cristo alcançou os seus pelo alto preço de seu sangue, e repetidas vezes.
"Porque tendes sido comprados por preço", escreveu Paulo aos
Coríntios (1Co 6.20). E na Carta aos Romanos chama a atenção dos membros da
congregação para que não julguem um ao outro, nem queiram governar uns aos
outros (Rm 14). Nós só temos um Senhor e Mestre, Cristo, e somos propriedade
sua.
Assim como um bom empregador cuida bem
de seus empregados lhes dando uma boa comida, bebida e roupas, e sendo ele
mesmo um abrigo para eles, assim também é Cristo para nós, pois nos livra do
poder de Satanás, e é protetor e guardião de Seu povo. Sabe do que precisamos.
O seu cuidado vai até as coisas mais insignificantes! Até mesmo sabe quantos
fios de cabelo temos! Quando os nossos inimigos querem nos fazer mal, pode
fazer com que isso se transforme em
bem. Ele dá a vida eterna e está na dificuldade e na aflição
com os que o temem. Ninguém poderá tirar as ovelhas de sua mão (Jo 10.28).
Também enviou o seu Espírito Santo para produzir fé em suas promessas e dar
forças para aqueles que desejam lhe servir humilde e mansamente.
Não existe nada que possa nos consolar
mais do que isto: ser propriedade de um senhor tão bom como Jesus Cristo. Este
é o nosso único e maior consolo tanto na vida como também na morte.
1. Qual é o seu único fundamento, na
vida e na morte?
O
meu único fundamento é meu fiel Salvador Jesus Cristo (1). A Ele pertenço, em corpo e alma, na vida e na
morte (2), e não pertenço a mim mesmo (3). Com seu precioso sangue Ele pagou
(4) por todos os meus pecados e me libertou de todo o domínio do diabo (5).
Agora Ele me protege de tal maneira (6) que, sem a vontade do meu Pai do céu,
não perderei nem um fio de cabelo (7). Além disto, tudo coopera para o meu bem
(8). Por isso, pelo Espírito Santo, Ele também me garante a vida eterna (9) e
me torna disposto a viver para Ele, daqui em diante, de todo o coração (10).
(1) 1Co 3:23; Tt 2:14. (2) Rm 14:8;
1Ts 5:9,10. (3) 1Co 6:19,20. (4) 1Pe 1:18,19;
1Jo 1:7; 1Jo 2:2,12. (5) Jo 8:34-36; Hb 2:14,15; 1Jo 3:8. (6) Jo 6:39; Jo
10:27-30; 2Ts 3:3; 1Pe 1:5. (7) Mt 10:29,30; Lc 21:18. (8) Rm 8:28. (9) Rm
8:16; 2Co 1:22; 2Co 5:5; Ef 1:13,14. (10) Rm 8:14; 1Jo 3:3.
[1] Fontes Básicas: La Confesión de La Iglesia (Felire, 1985), comentada por J. C.
Janse, 125 páginas. Tradução e adaptação livre: Marcos Ramos e El Catecismo de Heidelberg: Enseñanza de la Doctrina Cristiana.
Redactado por Zacarías Ursino y Gaspar Oleviano, y publicado em 1563, 4 ed,
1993. FeLiRe -FUNDAÇÃO
EDITORIAL DE LITERATURA REFORMADA (STICHTING UITGAVE REFORMATORISCHE BOEKEN).
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