quinta-feira, 6 de novembro de 2014

PROPRIEDADE DE CRISTO[1]



         Nas Escrituras são chamadas de igrejas de Cristo as várias congregações que Paulo fundou em diferentes lugares (1Co 1.2: "a Igreja de Deus"; Rm 16.16: "os saúdam todas as igrejas de Cristo"). São chamadas assim porque foram compradas com o sangue de Cristo para serem de sua completa propriedade, da mesma maneira que Israel foi o povo de Deus entre os outros povos.
         Porque assim como um escravo, comprado por um senhor malvado, passa a ser propriedade do seu dono, assim também acontece com as congregações de Cristo com todos os seus membros.
         A Escritura nos fala desta compra, pela qual Cristo alcançou os seus pelo alto preço de seu sangue, e repetidas vezes. "Porque tendes sido comprados por preço", escreveu Paulo aos Coríntios (1Co 6.20). E na Carta aos Romanos chama a atenção dos membros da congregação para que não julguem um ao outro, nem queiram governar uns aos outros (Rm 14). Nós só temos um Senhor e Mestre, Cristo, e somos propriedade sua.
         Assim como um bom empregador cuida bem de seus empregados lhes dando uma boa comida, bebida e roupas, e sendo ele mesmo um abrigo para eles, assim também é Cristo para nós, pois nos livra do poder de Satanás, e é protetor e guardião de Seu povo. Sabe do que precisamos. O seu cuidado vai até as coisas mais insignificantes! Até mesmo sabe quantos fios de cabelo temos! Quando os nossos inimigos querem nos fazer mal, pode fazer com que isso se transforme em bem. Ele dá a vida eterna e está na dificuldade e na aflição com os que o temem. Ninguém poderá tirar as ovelhas de sua mão (Jo 10.28). Também enviou o seu Espírito Santo para produzir fé em suas promessas e dar forças para aqueles que desejam lhe servir humilde e mansamente.
         Não existe nada que possa nos consolar mais do que isto: ser propriedade de um senhor tão bom como Jesus Cristo. Este é o nosso único e maior consolo tanto na vida como também na morte.

1.     Qual é o seu único fundamento, na vida e na morte?
O meu único fundamento é meu fiel Salvador Jesus Cristo (1).  A Ele pertenço, em corpo e alma, na vida e na morte (2), e não pertenço a mim mesmo (3). Com seu precioso sangue Ele pagou (4) por todos os meus pecados e me libertou de todo o domínio do diabo (5). Agora Ele me protege de tal maneira (6) que, sem a vontade do meu Pai do céu, não perderei nem um fio de cabelo (7). Além disto, tudo coopera para o meu bem (8). Por isso, pelo Espírito Santo, Ele também me garante a vida eterna (9) e me torna disposto a viver para Ele, daqui em diante, de todo o coração (10).
(1) 1Co 3:23; Tt 2:14. (2) Rm 14:8; 1Ts 5:9,10. (3) 1Co 6:19,20. (4) 1Pe 1:18,19; 1Jo 1:7; 1Jo 2:2,12. (5) Jo 8:34-36; Hb 2:14,15; 1Jo 3:8. (6) Jo 6:39; Jo 10:27-30; 2Ts 3:3; 1Pe 1:5. (7) Mt 10:29,30; Lc 21:18. (8) Rm 8:28. (9) Rm 8:16; 2Co 1:22; 2Co 5:5; Ef 1:13,14. (10) Rm 8:14; 1Jo 3:3. 


[1] Fontes Básicas: La Confesión de La Iglesia (Felire, 1985), comentada por J. C. Janse, 125 páginas. Tradução e adaptação livre: Marcos Ramos e El Catecismo de Heidelberg: Enseñanza de la Doctrina Cristiana. Redactado por Zacarías Ursino y Gaspar Oleviano, y publicado em 1563, 4 ed, 1993. FeLiRe -FUNDAÇÃO EDITORIAL DE LITERATURA REFORMADA (STICHTING UITGAVE REFORMATORISCHE BOEKEN).

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