Deus não é injusto com os homens, se chega a lhes pedir o
que não podem fazer. Por que não? Porque Deus fez o homem perfeito; mas este
homem, porque quis, desobedeceu e se colocou em uma situação onde não pôde mais
fazer o que era bom, porque se fez injusto diante de Deus e diante do seu
próximo... Se os gentios fossem justos, poderiam ter reconhecido a sua grande
culpa; mas, em sua maldade, são injustos e servem aos ídolos. Não são santos
nem sábios. Paulo disse que eles não têm como se desculpar, porque o poder e a
divindade eternas de Deus podiam ser vistos desde a criação, por meio de suas
obras (Rm 1.20).
O caso de Esaú foi muito pior, porque
conhecia o Senhor e a sua promessa. Mas não deu nenhuma importância às
promessas que Deus tinha feito, e vendeu o seu direito de primogenitura. Por
isso a Escritura o chama de ‘profano’ (Hb 12.16).
Pior ainda foi a maldade dos
israelitas, quando não quiseram obedecer as muitas chamadas de Deus, chegando
até a matar os profetas que Deus lhes mandava em sua misericórdia.
Simplesmente, a maldade dos judeus se
manifestou de uma maneira muito mais visível nos dias de Cristo, porque eles
escutaram a pregação do Senhor Jesus, e não quiseram acreditar nele. Os seus
corações maus se endureceram para com o Senhor. Sabiam bem quem eram, mas não
quiseram ser direcionados por Ele. Dessa dureza de coração o Senhor Jesus se
queixou: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas aos que te
são enviados! Quantas vezes quis juntar os teus filhos, como a galinha junta os
seus pintinhos debaixo das asas, e não quiseste!” (Mt 23.27).
O mesmo acontece com muitos cristãos. O
Senhor os chama para que andem em seus
caminhos, e lhes dá a oportunidade para que façam isso, mas não lhe escutam.
O Senhor não é injusto quando exige da
humanidade que o sirva. O motivo de não servirem é por causa da maldade dos
corações que impede a muitos de cumprir este mandamento!
9. Então, Deus exige do homem, em sua lei, o que este não
pode cumprir. Isto não é injusto?
R.
Não, pois Deus criou o homem de tal maneira que este pudesse cumprir a lei (1).
O homem, porém, sob instigação do diabo e por sua própria rebeldia, privou a si
mesmo e a todos os seus descendentes destes dons (2).
(1) Gn 1:27; Ef 4:24. (2) Gn 3:4-6;
Rm 5:12; 1Tm 2:13,14.
[1] Fontes Básicas: La
Confesión de La Iglesia (Felire,
1985), comentada por J. C. Janse, 125 páginas. Tradução e adaptação livre: Marcos Ramos e El Catecismo de Heidelberg: Enseñanza de la Doctrina Cristiana.
Redactado por Zacarías Ursino y Gaspar Oleviano, y publicado em 1563, 4 ed,
1993. FeLiRe -FUNDAÇÃO EDITORIAL DE LITERATURA
REFORMADA (STICHTING UITGAVE REFORMATORISCHE BOEKEN).
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